25 dezembro, 2009

Saldo

os passos são largos agora
mas e mais do que antes

mãe, eu cresci


Elenise Penha

26 novembro, 2009

"I know a place not far from here
It's secret place
In each others' arms
And for this cause we will light the fire
Come fuel the fire
A secret place in a lover's arms

Don't keep away"

01 novembro, 2009

Tempo precisa

o relógio precisa
o tempo.
tudo que precisamos
é que ele pare
e tire férias.

Elenise Penha

18 setembro, 2009

Entonação



daquele amontoado de palavras
surgiu um poema
cada um lia de um jeito
fizeram filme, fizeram peça, mudaram palavras
outros olhos, outras vezes
diversas interpretações
ouviu-se ecos, ouviu-se aplausos:
a graça... a maior graça está em dizer

e como quem diz a uma platéia
o dono do poema que não é seu abre os braços para o alto e diz:
- vai!

Elenise Penha

31 agosto, 2009

Soul
amor cercado de carne por todos os lados

Elenise Penha

26 agosto, 2009

A quem convém (II)

"Eu te amo como quem esquece tudo
diante de um beijo:
as inúmeras horas desbeijadas
os terríveis desabraços
os dolorosos desencaixes
que meu corpo sofreu longe do seu."

Escolha, Elisa Lucinda

10 agosto, 2009

às dificuldades dos dias



quero o simples.
talvez silêncio; às vezes.
quero o respirar fundo. quero o fechar os olhos. olhar profundo nos olhos. simples assim. no silêncio.
um sorriso.

quero o simples.
o amanhecer talvez; é bom.
quero o cheiro verde escuro. vento nas árvores da montanha grande. a distância. nem tão simples assim.
é preciso olhos treinados.
uns pés no chão.

quero e desejo ele todos os dias.
não simples nem fácil; talvez assim.
muitas vezes silêncio.
olhos cansados no fundo. respiração encardida.
da vida.

Elenise Penha

27 julho, 2009

Teto. Morada do Sol.
Seu canto. Spatium. Pasto.
Dona de casa ávida. Suas tristezas escondidas.
Suas lágrimas solitária ao cortar cebola.
Onde você se veste e guarda amores.

Ou o faz.

Você sozinho seu teto seu lugar sua bagunça. Sua casa.
Você e seus pertences.
Chuva ou Sol. Quente ou frio.

Cheio de si ou de outro.

Elenise Penha

26 julho, 2009

Melanc(ol)ia



A palavra melancolia

me lembra melancia

mas esta é um riso só.


Elenise Penha

13 julho, 2009

Queixa-se o poeta em que o mundo vai errado, e querendo emendá-lo o tem por empresa dificultosa
Gregório de Matos e Guerra


Carregado de mim ando no mundo,
E o grande peso embarga-me as passadas,
Que como ando por vias desusadas,
Faço o peso crescer, e vou-me ao fundo. (...)

Não é fácil viver entre os insanos,
Erra, quem presumir, que sabe tudo,
Se o atalho não soube dos seus danos. (...)



08 julho, 2009

Negro preto cor da noite,
Nunca te esqueças do açoite
Que cruciou tua raça.
Em nome dela somente
Faze com que nossa gente
Um dia gente se faça!

Lino Guedes

não sou a manhã nem a noite
talvez o entardecer
suas nuances amarelas,
seus cabelos vermelhos a crescer

sou inferno e céu
sossego negado, de sol a sol
pestanas e pele torradas
fogueira santa de sonhos


a noite veio antes de mim, foi de onde eu nasci
e a ela retorno
por causa das manhãs


Elenise Penha

(não) neg(r)o

Dedicatória a quem convém

É claro que a vida é boa
E a alegria, a única indizível emoção
É claro que te acho lind(o)
Em ti bendigo o amor das coisas simples
É claro que te amo
E tenho tudo para ser feliz

Mas acontece que eu sou triste...

Dialética, Vinícius de Moraes

03 julho, 2009

um abril modificado

olhos os hematomas que tenho
e a bagunça que carrego
penso no futuro,
como se fosse hoje
bagunça
toda essa bagunça em que vivo
espalhada aos quatro cantos
me dão nos nervos
(coisa que deixei de ter a partir do momento em que soube de que eram feitos)
o tempo me tortura
e se esvai
escorre por entre os meus dedos
sem eu ao menos tocar
as paredes sempre mudam
o espelho não mais vejo
tudo aperta cada vez mais
então vem...

a raiva

... e a fraqueza

e os dias continuam gritando...

Elenise Penha
“Não conheço prazer como o dos livros, e pouco leio. Os livros são apresentações aos sonhos, e não precisa de apresentações quem, com a facilidade da vida, entre em conversa com eles. Nunca pude ler um livro com entrega a ele; sempre, a cada passo, o comentário da inteligência ou da imaginação me estorvou a seqüência da própria narrativa. No fim de minutos, quem escrevia era eu, e o que estava escrito não estava em parte alguma.”

Fernando Pessoa

21 junho, 2009

apesar de não deitar-se sempre assim
acordava só
todos os dias
e assim continuava...


porque se morre e se vive

15 junho, 2009

a arte de tremer no isso...

09 junho, 2009


É muito querer que aquilo que você quer se realize?
Tenho ânsia e mais ânsias.
Anseios e vontades.
Sinto vontade de vomitar quando olho à volta.
Sinto vontade de gritar quando estou envolta.
Sou diferente, bem diferente de todos e de tudo isso.

Às vezes correr é preciso.
Não importa o sentido. Não importa o local.

Muito já não importa mais pois o que mais importava já foi importado.
Talvez não volte.


Queria tanto, tanto. E fico de boca fechada.
o infinito me atrai

ÂNSIA

tenho náuseas só de pensar

24 maio, 2009


O pouco que sobrou

"Eu cansei de ser assim.
Não posso mais levar,
se tudo é tão ruim.
Por onde eu devo ir?
A vida vai seguir.
Ninguém vai reparar.
Aqui neste lugar.
Eu acho que acabou,
mas vou cantar
pra não cair
fingindo ser alguém
que vive assim de bem.
Eu não sei por onde foi.
Só resta eu me entregar.
Cansei de procurar
o pouco que sobrou..."


Mas a fé não me abandonou.

22 maio, 2009



As sem razões do amor,
Carlos Drummond de Andrade

Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no elipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.

19 maio, 2009

Deixo tudo assim, não me importo em ver a idade em mim. Ouço o que convém. Eu gosto é do gasto. Sei do incômodo e ela tem razão quando vem dizer, que eu preciso sim de todo o cuidado.

E se eu fosse o primeiro a voltar pra mudar o que eu fiz, quem então agora eu seria? Tanto faz. E o que não foi não é. Eu sei que ainda vou voltar, mas eu quem será?

Deixo tudo assim, não me acanho em ver vaidade em mim. Eu digo o que condiz. Eu gosto é do estrago. Sei do escândalo e eles têm razão quando vem dizer que eu não sei medir nem tempo e nem medo.

E se eu for o primeiro a prever e poder desistir do que for dar errado? Olha, se não sou eu quem mais vai decidir o que é bom pra mim? Dispenso a previsão. Se o que eu sou é também o que eu escolhi ser, aceito a condição. Vou levando assim, que o acaso é amigo do meu coração, quando falo comigo, quando eu sei ouvir...

Aaahh...

17 maio, 2009

E é muito. De noite, de madrugada, de olhos inchados e cabelos despenteados, ao acordar, ao levantar, seja café da manhã, almoço ou jantar, mau humor e mais uma série de desencantos.

Sem tardar, a qualquer hora.

Amor aos montes.

Elenise Penha

Ver-te é como ter à minha frente todo o tempo

Ver-te é como ter à minha frente todo o tempo
é tudo serem para mim estradas largas
estradas onde passa o sol poente
é o tempo parar e eu próprio duvidar mas sem pensar
se o tempo existe se existiu alguma vez
e nem mesmo meço a devastação do meu passado

Ruy Belo

15 maio, 2009

se ao menos um verso
se ao menos o sonho
se ao menos o dia

me viesse à mente
me viesse à vida
e que fosse feliz

apareça sorriso de dentes brandos!
para mudar o curso do universo
ou ao menos o passar bem do tempo

13 maio, 2009

Por que amo tanto?

11 maio, 2009

"Percepcência"

o cinza-claro

de longe

parece branco.

30 abril, 2009

"O dia seguinte foi para Ema um dia sombrio. Tudo lhe parecia envolto em negra atmosfera que pairava confusamente sôbre as coisas, e a tristeza engolfava-se em sua alma como bramidos lamentosos, como o vento de inverno nos castelos abandonados. Era o devaneio do que não voltaria mais, a lassidão que nos toma depois de cada fato consumado, a dor, enfim, que nos traz a interrupção de todo movimento habitual, a cessação brusca duma vibração prolongada.

Como na volta de Vaubyessard, quando as quadrilhas lhe turbilhonavam na cabeça, sentia-se possuída de morna melancolia, de um desespêro entorpecedor. Léon reaparecia-lha mais alto, mais belo, mais suave, mais impreciso. Mas, à lembrança da baixela de prata e das facas de madrepérola, ela não estremecia tanto quanto ao lembrar-se do seu riso ou da sua dentadura alva. Vinham-lhe à memória palavras mais melodiosas e penetrantes do que o som de uma flauta, do que a harmonia dos bronzes; olhares incendiados, que ela havia surpreendido, com girôndolas de cristal. E o perfume de sua cabeleira, a suavidade de seu hálito faziam-na inalar o ar com mais intensidade que a tepidez das estufas cálidas, que o perfume das magnólias. Embora longe, êle não a deixara, estava ali; e as paredes da casa pareciam conservar sua sombra. Ela não podia arrancar os olhos do tapete em que êle pisara, das cadeiras vazias em que se sentara. O riacho continuava correndo, impelindo lentamente suas pequenas ondas na margem escorregadia. Êles muitas vêzes haviam passado por ali ao som daquele murmúrio das ondas nos seixos cobertos de musgo. Que bons dias tinham vivido, que tardes suaves, sòzinhos, à sombra, no fundo do jardim! (...)

Ah! Êle partira, o único encanto de sua vida, a única esperança possível duma felicidade! Por que não agarrara aquela ventura, quando ela lhe aparecera? Por que não a tinha retido em ambas as mãos, quando ela quisera ir-se? (...)"

Gustave Flaubert, 1971.

21 abril, 2009

Excessivement

"Je suis excessive,
J'aime quand ça désaxe,
Quand tout accélère,
Moi je reste relaxe

Je suis excessive,
Quand tout explose,
Quand la vie s'exhibe,
C'est une transe exquise.

Je suis excessive,
J'aime quand ça désaxe,
Quand tout exagère,
Moi je reste relaxe

Je suis excessive,
Excessivement gaie, excessivement triste,
C'est là que j'existe.
Pas d'excuse! Pas d'excuse!"

Bruni

20 abril, 2009

e os dias vão escorrendo
março em conta gotas
abril em represa de comportas abertas
o que dirá maio, além de lembrar a idade?
(coisa que outro mês também há de fazer)

pessoas aguardando férias
estudantes aguardando provas
e a vida guardando a vida
fazendo cada segundo
(esses pedaços que os homens contam)
se juntar em dias
(os pedaços maiores)
que escorrem...


... até o ano entupir o ralo
dezembro e seus pedaços grandes
31 chega o encanador
cerra os canos às 0 hora
explodindo-os em foguetes

Elenise Penha

18 abril, 2009

e os dias escorrem, escorrem...


só queria um pouco de sossego

07 abril, 2009

era desenhista
desenhava seu corpo
e em cada traço que fazia
dela
um pouco dele deixava


e assim passava o tempo

os dois
misturando cada vez mais os traços
um do outro


era um grande desenhista

desenhava-a com os olhos
cada ponto
até a sombra


e com os lábios, palavras

dizia que era dela
mesmo a tendo criado

cada pedaço


ele era desenhista e desenhava nela

com um abraço

Elenise Penha

05 abril, 2009



Fiz um poema engraçado...


com quatro finais diferentes.


responda rápido:
quem surgiu primeiro
a língua portuguesa
ou a língua da portuguesa?

língua é catacrese.
braço de cadeira e perna de mesa
até que venha um
que meta-a-linguagem no meio
e tente provar o contrário.
provar de uma vez por todas
o gosto que tudo isso tem...

"seu moço, tem de quê?"
baunilha, Amora, Chomskolate...
a Pessoa escolhe.
caso esteja muito Azevedo
temos Saussupiro em Neves,
uma Câmara maior,
Eça e outros tipos de Kochlher.

29 março, 2009

hoje eu choro
por tudo que poderia ter sido
e não foi.
pelos sorrisos que não dei
e pelos amigos que já se foram.

pelas mágoas que guardei.

hoje eu choro
assim como amanhã
chorei.
pela felicidade perdida
pela vida mal vivida
por tudo que passei.

choro.

choro muito e choro tanto
pelo dito e pelo mal-dito

pranto.

por dor e por amor

pelas saudades
pelas janelas na memória
pelo sol nascia
pelo cheiro que tudo tinha
pela minha infância,
minha vida que passou


choro
por tudo
tudo que poderia ter sido e não foi

Elenise Penha
a janela era grande. bem grande. grande de se poder deitar. deitar e sentir o frio. aquele fio bonito e doce de quando se é criança. e o cheiro. cheiro de sol nascendo em manhã bonita. cheiro e gosto de se fazer o esforço para acordar cedo. ver o sol nascer. esperar ansiosamente o sol nascer, da janela grande. como era bom. como era imensamente bom não ter problemas.

e acima de tudo como é bom aquele cheiro quase palpável que tinha. agora é só uma lembrança. lembrança que não volta mais de um lugar que ainda não saiu do mapa.

dorzinha lá no fundo.

24 março, 2009

Homem que não chora...

"Meu rosto vermelho e molhado
É só dos olhos pra fora
Todo mundo sabe
Que homem não chora
Esse meu rosto vermelho e molhado
É só dos olhos pra fora
Todo mundo sabe
Que homem não chora"

Frejat

15 março, 2009

Sessão cartas III

Olha, acredito em ti. E te acho uma das pessoas mais bonitas desse mundo. Beleza completa, de voz bonita. Penso em te proteger. Assim, como se fosse uma filha meio irmã mais nova, sabe? Eu era o irmão mais velho super protetor que bate nos caras maus. Por que "os caras" são sempre maus. Já te julguei inocente. Mas disso todos tem um pouco. Já me preocupei muito contigo, talvez até por causa disso. E sorri muito... muito de algumas coisas tuas. JAté hoje. Senti ciúmes. Senti vontade de voar em gente por tua causa. Quis ser o "irmão mais velho" umas duas, três vezes. Não me arrependo. Nem tenho vergonha de falar. E já fiquei triste, muito triste. Roí todas as minhas uma vez. Acho... massa, muito massa, o fato de gostar daquilo que faz. Acho bonito também. Essa minha mania de achar bonito, sabe? Penso tanto, tanto de ti que acho melhor me calar. Um vez vi teu futuro, não sei se acertei. E ainda bem que me aceita, como eu acho que aceita. Porque eu te aceito também. Nunca te rejeitei, aliás.

Tomara que conheças o Amor, criança. Tomara.



À pessoa que eu quero muito, muito, muito ver muito feliz.

13 março, 2009

e era apenas uma lembrança
agora
de tudo
tudo aquilo que não tinha sido
e não viria a ser jamais (porque o tempo não volta)
provando que algumas recordações são como pedras
insolúveis
e bem
bem capazes de machucar


Alguém disse que hematomas assim demoram a cicatrizar?

Elenise Penha

09 março, 2009

Adônis e Afrodite

Depois das 5 ele vem vê-la...
Mas ela não tem Áries, nem ele Perséfone
Têm uma ao outro
E isso basta

Elenise Penha

(o que ela tem de Atena ele tem de Apolo)

16 fevereiro, 2009

nem sempre é a hora de tirar a casca da ferida

plaquetas inúteis!


agora dei pra sonhar acordada
como se todas as luzes fossem felizes
e um rio de coisas palpáveis

agora dei pra esquecer o que sonho
o que fazer quando se tem que escolher?


o que fazer quando se tem que abandonar um sonho para conseguir outro?


às vezes é melhor fechar os olhos

Elenise Penha

12 fevereiro, 2009

06 fevereiro, 2009

o frio dos ossos dói nas vísceras

vi meu rosto nas sombras
as árvores eram altas
da alameda não dos anjos
assim como os sonhos
.........os cacos quebrados

a vontade é chegar em casa
para o não-sossego
o travesseiro que não é confidente
a cama que só aquece
.........proteção contra a chuva
..............não contra tempestade

é frio, mas a água não congela

Elenise Penha
vivo a apertar o tempo, sorrir para os lados, falar
meu silêncio é pouco, confesso
.........seu reinado é interno

......................................apague a vela, minha filha, pra economizar.
............................................só tem essa.
vi meu rosto no escuro
........não gosto do gosto dele
meu nome é Elenise, sou viciada em auto-punição.
sou uma menina mimada (por quem mesmo? por mim mesma)
gosto das coisas do meu jeito,
......................................................sempre

04 fevereiro, 2009

No alto da estante [cont.]

e ele não precisa sorrir pra ela
faz perguntas que a deixam tonta
e a faz sentir o que ela nunca imaginou
através do tempo que passa tão interessantemente...

[essa palavra ainda não existe]

Elenise Penha
sou fraca
a medida que perco meu colágeno
me deixo levar por sentimentos pífios e tolos e humanos
sou farpa
os dias são longos
e eu me arrasto por eles como se fosse normal e comum ser assim
sou fóssil
sinto como se o peso das vísceras aumentasse o dos olhos
e os fizessem derramar
como tanto querem
prefiro parar

estou farta

de mim

sou farsa, farsa

nem escrever mais sei, e a cada dia sou mais humana

Elenise Penha

20 janeiro, 2009

No alto da estante

A felicidade ficava na última prateleira,
a mais alta e difícil da estante.
E todas as manhãs
(e noites, e sempre)
ele sedia as próprias costas
pra ela subir
e triscar um tantinho do dedo.

só pra vê-la sorrir

seus olhos brilhavam um brilho estranho que não se encontra em nenhum outro lugar

Elenise Penha

05 janeiro, 2009

A cada passo que ele dá
basta só um suspiro. A
cada mero movimento em
dados instantes
ela se fascina. Ele é
força. Faz a vida dela
ganha cor, de verdade. Na
hora que for...

ElenisePenha

[e nem todas as letras do alfabeto se fazem possível para demonstrar... o quanto]