31 dezembro, 2007

-

Inconstância...

... maldita!

30 dezembro, 2007

Sinto que...

... a antiga Elenise está voltando. Aquela chata que anda arrastando os chinelos pela casa, num tem? Tentei mudar e não consegui. Tentei tentar e não consegui. Não me arrependo. Aliás... até gosto. Os momentos mais proveitosos são os de "rabugice", gosto deles. Assim como aprendi a gostar de certas coisas, ter que esquecer algumas e ter que ao menos suportar outras. Esquecer o que se viveu é duro. Fazer besteira é daqui pralí. E sempre há momentos em que se insiste na mesma burrice. Birra, pura birra. O ruim é que esse tempo todo eu escrevi muito pouco, e pensei muito muito. Pensar e não fazer. Falar e não escrever. Falar e não fazer. Fazer e não fazer.


Não pense, cale a boca e não faça nada.


27 dezembro, 2007

Vermelho sangue


Morte... algo estranho. Estranhamente normal e que abala tudo o que toca. Tudo o que chega perto. Falar nela é estranho... bastante.

Hoje fui abalada por uma tristeza imensa. Naqueles domingos nublados em que nenhuma criança está nas ruas. Um fina chuva cai do norte e o tédio parece entrar pela porta da frente e dizer "bom" dia. Como um estranho que cumprimenta, mecanicamente. Aí ele vem e deita na sua cama. Como sua comida. E você nem aí. Ontem fui abalada por um estranho pressentimento, que se completou com uma expressão no rosto de um grande amigo após um telefonema. E durante também.

"É... a vida é cara, muito cara, e a gente fica brincando com ela."

25 dezembro, 2007

Vontade

Insana
de
fazer
algo
que
seja
diferente-
mente
bom

Vontade de fazer besteira
{ :x }

24 dezembro, 2007

Emulsão de torturas

"Um quê de tristeza que nos lembra a vida
um lapso de loucura que nos lembra o dia
corpos em movimento, braços e pernas
ao desenrolar da noite sombria
quero a minha salvação, dê-me uma sangria
e a fumaça sobe à luz da lâmpada, fria."

Imagens distorcidas, sonhos não concretizados, lembranças, sorrisos. Tudo isso impera numa mente insana a dar rodopios de remorso. Remorso por não ter chorado, por não ter gritado, por não ter matado... Ódio, devia ter ateado fogo às vestes.

...

Sinto falta de minhas lágrimas

Natal

E eu vejo textos e mais textos sobre o natal que mais parecem textos de ano novo. Ainda falta um tantim assim pra ano novo, ok?!

23 dezembro, 2007

Fragmentos

por que a vida não é um mar de rosas, cherrie
(ainda bem)

e temos que aprender a conviver e suportar certas coisas
e situações
...

crescendo???
é o que realmente importa.


e tenho todo o direito de ser velha e rabujenta.
Todo.

21 dezembro, 2007

...

Quando nada dá certo....


... mudo de cor...

20 dezembro, 2007

...

ando meio estranha
sensações e lembranças... visões
ando pela casa a passos largos
na ânsia de algo
que não sei o que é.
escuto a música, não lembro mais daquilo
não sinto mais a dor.
vejo apenas por curiosidade
teimosia
porquoi je suis assim
liga metálica densa e estranha
talvez enferrujada
... talvez...
precisando de mais átomos, mais elétrons
pensando menos besteira e
fazendo menos besteira porque não tenho muito o que fazer.
ando por aí amaldiçoando coisas
e derrubando copos
fazendo coisas e respirando
sem se saciar... porque nada sacia
... definitivamente
preciso de mais átomos junto a mim

Cada vez que a vejo... percebo e sua beleza. Somos parecidas. Juntas e distantes, ao mesmo tempo.

1...2...3...4

o peso da velhice parece ter chegado mais cedo: sem vontade de sair, sem paciência pra nada...

a inspiração vem e vai embora,

expiro

15 dezembro, 2007

...

sinto que minha alma pesa...


... pesa mas não dói

14 dezembro, 2007

letra em cores



tormento em f l d o r

(fique bem, por favor)

12 dezembro, 2007

Desilusão...

Tem gente que procura por aí o seu príncipe encantado, alguém que se encaixe - como uma enzima e seu substrato. Muito se exige e pouco se encontra. Pouco se acha e muito se ilude, basta uma coisa pituibinha pra não se querer mais.

Doce ilusão de ter encontrado alguém.

Sofra, humano, sofra até a morte. (Ou até conseguir abrir os olhos e ver que o substrato já passou.)


Desilusão. Desilusão... danço eu, dança você. Na dança da solidão...
(Marisa Monte)

11 dezembro, 2007

Tento...

... me desespero, me descabelo e grito.

Nas mãos, o sangue da mordida

as plaquetas,

a saliva.


.. o gosto de ferro que sai das feridas


cansada

de jantares e caminhadas sem valor, de sorrisos demais, de olhos demais. aí vem a tontura, o desgaste, o complexo de superioridade seguido do de inferioridade. a velha frase de efeito "puta!". aquele olhar de raiva escutando Los (não, não é os "hermanos" urgh! quero distancia disso) aquele gosto de efemeridade e aquele cheiro de inutilidade. raiva. nenhum pingo de compaixão misturado com o zilhão de xingamentos que permeiam a mente e quase sempre a fala de alguém que sofre ameaças maternas diárias de uma limpeza bucal com sabão. não ligo.

eu só queria uma resposta : como pode uma ínfima e nauseante reunião de meros átomos me fazer tão.. tão.. tão menos eu?!

estou ficando velha, chata e rabugenta. daquelas que andam de chambre arrastam os chinelos pela casa. que olha retratos, mas nunca chora por eles. e tem sensações estranhas ao chegar em certos lugares e sentir certos perfumes...

preciso de uma máquina do tempo, urgente.

... de um relógio e uma lavagem cerebral, só p'ra tirar a poeira.

[sinto falta das maiúsculas, mas eu mudei)

Preto & branco

Aproveitando um pouco a minha raiva. Raiva de mim, raiva de algumas criaturas. Como sempre a raiva me provoca náuseas. Sono.

E eu fico melhor ainda quando estou com raiva. Bem melhor...

10 dezembro, 2007

S



Hoje eu vi um corpo. Curioso ver que a morte se assemelha ao sono. A velha utopia do descanso. Hoje eu vi um corpo. No rosto um esboço do que parecia um sorriso. Ele dormia o sono dos mortais. Um sono de quem parecia sonhar com anjos, encolhido e leve como uma criança com frio. Nenhuma lágrima desceu de meus olhos, mas as mãos foram ao rosto. A morte assusta. Assusta pela sua rapidez e falta de perdão. É como uma luz que se apaga, uma energia que falta sem piedade do aparelho a ela ligado. Morte: apesar de longe da visão, está sempre ao lado.

Sono. Sorriso. Solidão.

07 dezembro, 2007

.

... tentando acabar com esse simbolismo...

... lirismo absurdo.

06 dezembro, 2007

Come to me, come to me...


Your heart burns for love
My soul burns for blood
I’ll take you, I’ll break you
I’ll crush you, I’ll break you
If you want me, I’ll need you
I’ll kill you, feed from you
I’ll take you down that road
That leads to destruction
Come and take a walk with me
Where the angels fear to tread
Kiss the flame, feel the pain
In the furnace of our love
I can’t feed my hunger
Your youth makes me younger
I’ll hurt you, desert you
Turn your dreams to nightmares
I’ll cheat you, I’ll eat you
I’ll maim you, I’ll drain you
Come to me, come to me
To the dark side where love sleeps
I’ll hurt you, you’ll love me
I’ll scratch you, I’ll cut you
You’ll kiss me, then miss me
I’ll laugh at your torment
I’ll have you, and own you
Be hard and cold to you
I’ll be your dark angel
I’ll be your worst nightmare



.

.
tenho tempo mas prefiro não tê-lo.


01 dezembro, 2007

Meeting...


I...
I went to the beach
The bitch was so hot
She came to me and said:
"Do you like the beach, bitch?"
I said back:
"I wanna take you home, bitch
'Cuz I wanna treat you good, bitch
What do you think of it, bitch?"

The bitch said yeah

The bitch said yeah, yeah, yeah, yeah, yeah

I wanna be
Your summer Hilton time
With five diamond stars
Like your dad's biggest car
I wanna go
To the Hiltons all over the world
And I, I wanna be
Just like you, bitch

The bitch said yeah
The bitch said yeah
The bitch said yeah, yeah, yeah, yeah, yeah
The bitch said yeah
The bitch said yeah
The bitch said oh yeah, hell yeah, damn yeah


I went to the beach
The bitch was so hot
She came to me and said:

"Do you like the beach, bitch?"

Cansei de ser sexy

30 novembro, 2007

Simbolismo delirante

Eu, em minha torre de marfim,
relato os atos,
reato com o passado
e revejo minha vida.

Simples fatos renunciados
e deja vus noturnos
delírios, suores, rubores
recontados, recontados
impalpáveis e imiscíveis.

Submissão.

Abro o álbum de retratos
velhos, empoeirados
minha vida, minha vida

Foto por foto.

Fato por fato.


Passo a passo.

dor

incompreendida
ensandecida
enegrecida
martirizada




(ai)

29 novembro, 2007

Reticências


Oi José, como vai?

A tanto que não conversamos... Sinto saudade de ter saudades de ti. Sinto saudades de um tempo que não volta mais, ainda bem. Sabia, José, que eu não sinto a tua falta: Pois é. E isso me dói.

[Dói. É... sempre tem uma dor pra falar e um dipirona pra tomar. Então vêm as cólicas...] Sempre uma dor e eu a reclamar, pra dentro, para dentro... Tão para dentro que só o papel consegue expressar. Aversão às cordas vocais.

[E eu aqui, nesse lirismo idiota, sentimentos patéticos e coração piegas.]

Então José, desejo a você, como sempre, sorte.

A você, a mim e a minha loucura.

.De uma amiga

26 novembro, 2007

......


parece que a vida parou
não sei
tubo quântico?
.
para, pára, parei
mas tudo o que eu queria era continuar
continuar a enlouquecer
a viver
a sentir o insentido
sentido insípido

martírio

25 novembro, 2007

...



Cheguei por um momento
a olhar flores murchas e nuvens se dispersando
Cheguei a sentir saudades de uma infância que nunca tive
e a sentir perfumes de pessoas que deveriam estar mortas...

Em meu corpo


Cheguei a pensar na morte, na vida, em travessias.



Degenerado momento louco
Lembranças torpes, ensandecidas

24 novembro, 2007

Anátema


maldita! maldita! maldita!
maldita sejas, velha ferida
que mesmo se dormes encolhida
não escondes a chaga sofrida
maldita és...
... ... ... ... ...

e por quê fui eu a escolhida...
perdida! perdida! perdida!
maldita!
por que não continuaste sumida
engata numa longa partida
prum lugar bem longe daqui

Vontade...



Vontade... Vontade imensa de escrever. Meu cérebro anda demasiadamente ocupado com outros pensamentos, outros livros. Mas a vontade nunca sacia-se, nunca abandona. E, apesar dos poucos momentos em que posso, em que quero, em que preciso... Não sei o que escrever. Como por impulso a caneta corre o papel, pensamentos voam, dedos dançam no teclado. Tenho saudades de livros, de cores, de cheiros, de momentos.

Tenho tido tanta tanta mais tanta saudade. Não. Nada daquela saudade barata, não desejo frugalidades. Desejo a morte, a vida, a morte, o aquém...

Penso e vôo, assim como nos sonhos e nas horas de descontração. [Cada vez agradeço mais ao mundo por certas companias.]

E não vivo mais cada momento como se fosse o último...

21 novembro, 2007

...


É tempo de renovações, redescobertas...
O mundo já naum é mais o que foi um dia, as coisas vão acontecendo, acontecendo e você não sabe o que fazer, para onde ir, com quem falar...
Pensamentos atormentando uma vida que era pra ser simples e feliz. A comida naum tem mais sabor, a vida não tem mais a alegria, os amigos não lhe vêem, e você afunda mais e mais para uma existência que não pertence à você. Uma coisa que domina, é mais forte e puxa você para baixo, cada dia piora, sua única alegria são coisas simples e você agradece todos os dias por essas coisas existirem. Mas às vezes você esquece de agradecer ...

15/10/06

16 novembro, 2007

Carta Antiga


Special Needs

"Remember me when you're the one who's silver screened
Remember me when you're the one you always dreamed
Remember me whenever noses start to bleed
Remember me, special needs

Just 19 and sucker's dream I guess I thought you had the flavour
Just 19 and dream obscene with six months off for bad behaviour

Remember me when you clinch your movie deal
And think of me stuck in my chair that has four wheels
Remember me through flash photography and screens
Remember me, special dreams

Just 19 this sucker's dream I guess I thought you had the flavour
Just 19 and dream obscene with six months off for bad behaviour

Remember me...

Just 19 this sucker's dream I guess I thought you had the flavour
Just 19 and dream obscene with six months off for bad behaviour
Just 19 and sucker's dream I guess I thought you had the flavour
Just 19 and dream obscene with six months off for bad behaviour

Remember me..".

:'(

15 novembro, 2007

E é bonito!


É maravilhoso quando em alguns momentos de sua vida, você acorda de manhã e percebe que está feliz, mas não sabe bem o porquê. Você levanta e vê que está vivo, que não é um mero sonho. "Eu estou aqui! Não sei de onde vim e não sei para onde vou. Mas existem coisas mais importantes a fazer, a pensar."

A vida não é uma ilusão. Eu não estou aqui por acaso.
Eu fui presenteada.

É mágico quando você abre a janela e vê a perfeição... More você em uma casa ou apartamento, sua janela sendo para um lindo quintal ou para um muro. Sempre pode-se ver um pedaço dela, nem que seja apenas o céu.

Tudo é parte dela. Tudo vem dela e a ela retorna, até o seu celular. Pode ser um "de última geração", não importa, veio dela. Já parou pra pensar que ele é de metal? Os metais vêm de onde???

Ame-a.
Preserve-a.


Sinta-a!

in 07/10/06

14 novembro, 2007

Só porque achei bonito...

"Amar
Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?

Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
e o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?

Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o áspero,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.

Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.

Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita."

Não sei de quem é.

10 novembro, 2007

Superafim


Ontem quando eu acordei
Ah, eu tava tão cansada
Eu me olhei no espelho e me lembrei
De quando você falou que não me suportava

Mas na verdade eu também nunca te agüentei
Por muito tempo então nem sei porque me preocupei
vê se me esquece, eu cansei
vê se me esquece, eu cansei

Mas, agora que eu cresci
Eu sou sereia e não te quero mais aqui
Me tornei uma mulher ousada
E de você não quero mais nada

Agora vê se se toca que eu me toco também
eu sou sereia e não preciso de ninguém
Vê se me esquece, eu cansei
Vê se me esquece, eu cansei

Vinil, baguete
Pelica, me esquece
Chic, agreste
Superafim, superafim, superafim de mim

Sapatênis, bolsinha
Luvinha, você
Lesbian, sapacaxa
Superafim, superafim, superafim de mim

Sapatênis de vinil, bolsinha baguete
Luvinha de pelica, você não me esquece
Lesbian Chic, sapacaxa do agreste
Superafim, superafim, superafim de mim

Superafim, superafim, superafim
Superafim, superafim, superafim de mim
Superafim, superafim, superafim
Superafim, superafim, superafim de mim

Ontem quando eu acordei
Ah, eu tava tão cansada
Eu me olhei no espelho e me lembrei
De quando você falou que não me suportava

Mas na verdade eu também nunca te agüentei
Por muito tempo então nem sei porque me preocupei
vê se me esquece, eu cansei
vê se me esquece, eu cansei

Cansei de Ser Sexy

Lembrando dos velhos tempos de Mercearia Pub Bar ;}

09 novembro, 2007

Poemas de amor sem endereço

Amo-te inteiramente, perfeitamente, eternamente...
Tenho-te em mente...

... adverbialmente

06 novembro, 2007

...

Talvez você fizesse aquela cara ao saber que eu sou a caçula da mamãe e uso com todo o prazer as saias de "maria-mijona" dela. Meu dinheiro vai todo embora em comida... no setut. Tenho tido acessos de dor por causa de textos e ultimamente a bebida que mais me serve é o vinho. Ando de cueca pela casa enquanto ouço dizeres que deveria ter o mínimo de pudor possível, e tenho, mas continuo a andar pelada, a ouvir música alta e a cantar com aquela voz de pato, só pra encher o saco dos vizinhos. Sinto saudade de antigos amores e não sinto raiva por ter feito merda, mas tenho medo de repetir. A calça antiga já não funciona mais e aquela blusa querida desbotou. Continuo a mendigar cuecas entre os amigo, sem muito sucesso. Não é todo mundo que compra roupa íntima masculina e não usa, só pra dar de presente àquela amiga estranha, do cabelo roxo, que não pára de aporrinhar.

Talvez você achasse estranho me ouvir dizer que gosto da Frei Serafim, andar naquele meio-fio me dá uma puta sensação de liberdade. Vivo com "fome" e insisto em botar o despertador pra duas da manhã e não acordo, diferente do resto da casa. Meu gato não me ama mais e eu ainda sonho em ir a um show do Baleiro. Gosto das músicas dele porque me deprimem pacas ou me animam pacas, depende do tamanho do complexo. Gosto de praças mas não gosto de pessoas de praça, elas sempre falam comigo, tenho um chama pra gente desconhecida falar comigo. Do nada.

Eu faço merda, eu sempre faço merda e não me arrependo.

Amo?

02 novembro, 2007

...

Doença incurável... pensamento maldito...

Mas a medicina tá evoluindo e um dia eu chego lá.

Dor miserável...

30 outubro, 2007

Pra quê tudo isso???

Não, José, eu não quero isso pra mim. Quero o fim. Destrossar, desossar, devastar, arruinar. Demônios e mais demônios me azucrinando... Não me deixam em paz. Então me responda, José, por quê? Por que tudo ainda me provoca náuseas? Deve ser a rotação, as pessoas mais sensíveis tendem ao enjôo enquanto a Terra gira. Desconexo, complexo, arquétipo. Isso tem que acabar. Aliás, já é inexistente à séculos... séculos, séculos... segundos. E os demônios teimam em pular na massa encefálica. Um, dois, três... Quantos são mesmo, Josè? Eles encontraram um lugar pra ficar. Mas logo agora? Se foi erro, não sei. Se foi praga, não importa. Só sei que a porta abre e fecha incessantemente. Insanidade. Loucura. Tormenta. Dia, noite, sono, madrugada... visão. Leitura de textos antigos> leitra de textos alheios.
Outrens...

Xícara de café na ponta da mesa.
Nenhum cinzeiro.
Cadeira.
Mulher.

José? Ainda estais aí???

28 outubro, 2007

...

a muralha
o espinho fechado
o arame farpado
a corrente de elétrons

nada adiantou

ela subiu no muro
e conseguiu derrubá-lo derrubá-lo
derrubaram....






e o tempo faz estradas
e a visão faz estragos

27 outubro, 2007

...

Gosto das piadas sem graça contada por amigos com Graça
de parar na praça e olhar o vento
da luz escarlate dos cabelos da aurora
dos pontinhos pretos e distantes que os homens costumam chamar de estrelas e que eu chamo de minhas...

... dos meus demônios noturnos mais infâmes
... dos afazeres, praferes, dizeres

e eu vivo disso, além disso e com isso
querendo e não querendo mais e mais

HAIKAI

- Hi!
[Cai.]
-Árh! Nossa.... machucou???

Sobre as folhas...


Mas
deixando marcas
fazendo som
aqui se planta pra colher depois
e os mercadores vão pagar pra ver
e aquela onda vai querer passar


As flores que arrancaram vão nascer de novo
Vão nascer de novo
Vão nascer de novo

23 outubro, 2007

Roda Morta

O triste nisso tudo é tudo isso.
Quer dizer, tirando nada, só me resta o compromisso.
Com os dentes cariados da alegria.
Com o desgosto e a agonia da manada dos normais.

O triste em tudo isso é isso tudo.
A sordidez do conteúdo desses dias maquinais.
E as máquinas cavando um poço fundo entre os braçais,
eu mesmo e o mundo dos salões coloniais.

Colônias de abutres colunáveis.
Gaviões bem sociáveis vomitando entre os cristais.
E as cristas desses galos de brinquedo.
Cuja covardia e medo dão ao sol um tom lilás.

Eu vejo um mofo verde no meu fraque.
E as moscas mortas no conhaque que eu herdei dos ancestrais
E as hordas de demônios quando eu durmo.
Infestando o horror noturno dos meu sonhos infernais.

Eu sei que quando acordo eu visto a cara falsa e infame
como a tara do mais vil dentre os mortais.
E morro quando adentro o gabinete
Onde o sócio o e o alcaguete não me deixam nunca em paz

O triste em tudo isso é que eu sei disso.
Eu vivo disso e além disso
Eu quero sempre mais e mais.

(Baleiro)

22 outubro, 2007

...

Eu queria saber.
Eu quero tanto saber...

Quem é Ele, quem é Ela e quem é Você?

Tropeço

Tropeço.

Certas visões não me agradam,
tropeço em minhas próprias pernas.

Desequilíbrio.

Caí???

Não sei.
Mas fiz aquela cara de 'não foi comigo' e continuei.
Só sei que certas visões não me agradaram
certas palavras machucaram
e outras não foram ditas.

Mas pra quê pensar nisso se o horizonte está na minha frente a sorrir???

20 outubro, 2007

O sentir bem

O coração desacelera
o cérebro pensa...

{o C10H14N2 e o amido fermentado agem...}

o olho sente o verde
e o corpo também.
fala, mostra os dentes, sopra e sente o gosto...


{apesar de sozinha, ela está bem.
bem como tanto precisava estar... e como precisava}


e no final da noite, o corpo cansado diz:


"Dia feliz!"

{e sorri abertamente}

Tudo é uma questão de se sentir bem.
{Sei que nada é pra sempre}

18 outubro, 2007

Dezoito de outubro de dois mil e sete.

E hoje eu senti o vento em minha alma
e gritei por dentro
e falei
falei...
... pra fora.


O vento.

15 outubro, 2007

Crepúsculo


As partes
de um todo concreto
solidificam-se a cada visão de novo.
O belo.
O difuso conecta-se ao
real
formando nuances
abóbora
no dia claro.

Crepúsculo.

Um breve adeus.

14 outubro, 2007

...

E a pedra surgiu
e a pedra caiu
e a pedra ficou

... e fez-se com forma de mulher.

11 outubro, 2007

Inércia

gosto do vestido florido
gosto da rosa absurda
gosto do sorriso da menina

... dos meus momentos mais fúteis
... das horas que não passam
... das doenças curadas
... de estar insuportável

inerte

uma breve volta à madrugada

10 outubro, 2007

Existência

Na turbulência de minhas criações
No devaneio de meus pensamentos
Vivo
Creio, mexo e existo
Pois de que adianta a matéria se dela não posso utilizar-me?
De que adianta o momento se nele não acredito?
A poesia dos tempos
A poesia do mundo

Olhos alheios

Queria ser mais que uma visão
um sorriso
uma cor
mas já que me vês dessa maneira
cabe a mim
sorrir e concordar.
Pense o que quiser.
Faça o que quiser.
Diga o que quiser.
Queria que mais do que duas pessoas me entendessem.
Querer...
Tenho que parar de fazer isso.

09 outubro, 2007

Visão

Vejo a beleza das cores
das flores
a passar e repassar
voando
velando noites e túmulos
e vida
de pessoas
e amores
sem fim

Vejo a beleza do mundo
a beleza das folhas
secas,
verdes,
colênquima fundo
seja na alegria e na tristeza
Ela sempre estará lá.

08 outubro, 2007

...

"Temporalidade humana
lição de humildade
pois em cem anos todos estaremos mortos
e a Terra será de novos
sejamos humildes como flores e insetos
sejamos breves e voláteis como o álcool"

Explanação de sabedorias populares

Escreveu
...
......
..............
leu
releu
e não entendeu
aí sim o pau comeu!

07 outubro, 2007

...

Matéria humana que pulsa
pulsa pulsa e expulsa
sentimentos e investimentos a mil
ódio, asco, escárnio
o tormento por dentro e o maldizer
esvaem-se como uma nuvem negra
uma negra nuvem que cresce
Por que tanto desconforto?
Pra quê tanto pensamento?
Ódio, asco, escárnio
Dizeres que tento esquecer
revestem essa humana casca
carne, casca, carna, casca
dura...
casta.

...

Ferir a carne
jurar injúrias
fazer das mil faces a loucura
e da dor, só mais um veneno

Cortar o pêlo
cerrar o fado
e ver nas entrelinhas e singularidades dos fatos
como é difícil ascender

Transparece, florece, empalidece, morre.

...

E eu a vejo na minha frente
encarando-me
cada dia mais e mais
linda
e não sinto nada

Ela, na sua imensa sabedoria
na hora mais bela
mais melancólica...
e eu não sinto nada

minha interrogação está sobre minha felicidade
denominador nulo
esse número não existe

Presença

Tua presença é como água
água do mar nos olhos
arde
mas depois de um tempo acostuma

Eu, tu, Ela...

Eu poetiso
Tu pro-cretiza
Ela concretiza
Ela, eu
, sou
Eu, poesia
Ela, maestria.